segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MANIFESTO DO FÓRUM ESTADUAL EM DEFESA DO TRANSPORTE PÚBLICO NO PIAUÍ EM SOLIDARIEDADE ÀS FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO


Malditas sejam todas as cercas!
Malditas todas as propriedades privadas que
nos privam de viver e de amar!
Malditas sejam todas as leis, amanhadas por
umas poucas mãos, para ampararem cercas e
bois e fazerem da terra escrava e escravos os homens.
(Pedro Casaldáliga)



Moradia é um direito!

As entidades que compõem o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público no Piauí manifestam o total repúdio à ação policial do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em operação ilegal de despejo contra os moradores da comunidade Pinheirinho, que moram na área há mais de 8 anos, realizada neste domingo (22), em São José dos Campos, resultando em mortes, centenas de feridos e prisões.
A Polícia Militar do Governo de São Paulo fez ilegalmente o despejo da ocupação Pinheirinho, amparada por ordens da Justiça Estadual, mesmo com decisão contrária da Justiça Federal. E ainda, contra o acordo assinado pela própria Selecta, dona do terreno, que propôs a suspensão da reintegração de posse por 15 dias. De um lado, cerca de três mil famílias que lutam, há oito anos, pelo direito à moradia. De outro, a prefeitura de São José dos Campos, o Governo e Justiça Estaduais que usam de toda a violência para que o terreno – pertencente à massa falida do agiota internacional Naji Nahas – seja desocupado, com o objetivo de valorizar áreas próximas para grandes empreendimentos imobiliários, atendendo às empreiteiras e a política de especulação dos espaços urbanos.
A desocupação do Pinheirinho se trata de mais uma ação de criminalização contra famílias de trabalhadores/as pobres e desempregados/as, para que estas sejam cada vez deslocadas do centro da cidade e para bem longe dos bairros de alta classe de São José dos Campos, um dos municípios com maior número de empreendimentos imobiliários privados.
O Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público no Piauí, ao mesmo tempo em que denuncia o processo de criminalização dos movimentos sociais, daqueles que lutam pelo direito de ir e vir, nas mobilizações contra o aumento das passagens, luta também pelo direito à cidade, pelo direito a moradia e dignidade.  Nesse sentido, repudiamos toda a truculência e ilegalidade do despejo e das ações de repressão dos governos em Teresina, Recife, Vitória, e Pinheirinho. E conclama entidades dos movimentos estudantil, popular e sindical, intelectuais e artistas no Piauí a manifestar apoio e solidariedade às famílias do Pinheirinho.
Nesta segunda-feira, às 14h, na Praça do Fripisa, no centro de Teresina, além de continuarmos empunhando a bandeira contra o aumento da passagem de ônibus, manifestaremos nosso apoio à luta das famílias do Pinheirinho.
Revogação do aumento já! Integração sem segunda passagem, já! Passe livre! Municipalização do transporte público! Todo apoio ao Pinheirinho! Punição aos que ordenaram e realizaram o massacre do Pinheirinho!

Teresina, 22 de janeiro de 2012.

Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público

Central Sindical e Popular – CSP Conlutas/PI; Intersindical/PI; Coletivo Barricadas Abrem Caminhos; Assembléia Nacional de Estudantes Livre – Anel/PI; Ação Popular Socialista –APS; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina - Sindserm; Rede Estadual de Assessorias Jurídicas Universitárias /populares do Piauí (REAJUPI); PSTU-PI; PSOL-PI, PCB-PI; Sindicato dos Trabalhadores dos Correios – Sintect-PI; Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí – ADCESP; Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário no Piauí – Sintrajufe-PI; Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social – Enecos/PI; Sindicato dos Docentes do Instituto Federal do Piauí  (Sindifpi); FENED; Movimento DCE livre Uespi; Grêmio Livre IFPI; SINTECT;  CA de Comunicação da Uespi – COMUNS.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NOTA DE ESCLARECIENTO SOBRE A REUNIÃO DO DIA 18/01 ENTRE PREFEITURA E ENTIDADES ESTUDANTIS ATRELADAS A ELA.

          O Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, composto por diversas entidades do movimento sindical, popular e estudantil, além de ativistas independentes de qualquer organização, vem através desta nota esclarecer a reunião de negociação anunciada ontem na mídia entre o prefeito Elmano Férrer (PTB) e possíveis representantes do movimento contra o aumento da tarifa de ônibus.
           Com o intuito de ter nossas reivindicações atendidas pela prefeitura municipal, o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público realizou diversas passeatas pela cidade, passando inclusive em frente à sede da Prefeitura Municipal de Teresina, exigindo uma resposta do prefeito Elmano Ferrér (PTB). Na manhã do dia 9 de janeiro, um documento foi entregue na prefeitura, exigindo uma audiência pública, contendo todas as reivindicações propostas pelo Fórum.
           A prefeitura estranhamente ignorou nossa solicitação, e três dias depois marcou uma reunião a portas fechadas apenas com representantes de algumas entidades estudantis. Participaram do encontro estudantes da UNE, UBES, DCE/UFPI, DCE/IFPI, DCE/FSA, DCE/CEUT, DCE/CET, UMES, UMEST, CCEP, LVJ e UJS.
           As entidades convocadas para a reunião foram escolhidas a dedo. Todas elas estão sob a direção do PCdoB e/ou PT, partidos próximos da administração do prefeito Elmano Férrer (PTB). Algumas dessas organizações nem se quer estiveram presentes nas ruas, em nenhum dia de manifestação, desde que foi decretado pela segunda vez o aumento da tarifa de ônibus para R$ 2,10. Sendo assim, essas entidades não têm representatividade, legitimidade, nem base para falar em nome de todo o movimento. Colocam-se, por tanto, em papel que não lhes foi conferido pelo povo em luta, estes sim, legítimos representantes da causa e únicos a poderem decidir os rumos de quaisquer negociações.
           Na verdade, a reunião realizada na manhã do dia 18 de janeiro, trata-se de uma negociação de setores que compõem a cúpula do governo, com o objetivo de enfraquecer o movimento e arrefecer as lutas. O acordo fechado entre o prefeito e essas entidades não representa nenhum avanço em quaisquer dos pontos de reivindicação do movimento. O prefeito apenas anunciou a antecipação do prazo de algumas promessas e mais nada.
           Sendo assim o Fórum ainda exige que o prefeito Elmano Férrer responda os documentos encaminhados nos dias 9 e 18 de janeiro, solicitando uma audiência pública e apresentado nossas pautas de reivindicação. Também repudiamos a ação das entidades que negociam em gabinetes nas costas de milhares de estudantes e trabalhadores/as que lutam nas ruas desde junho do ano passado contra o aumento abusivo do preço da passagem e por um transporte público de qualidade.
           Continuaremos ocupando as ruas da cidade de Teresina, até que nossas reivindicações sejam atendidas, pois as verdadeiras transformações apenas serão possíveis através da nossa luta. Por isso, nossas mobilizações continuam e o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público chama todos(as) a resistirem junto conosco.

Nossas pautas de reivindicação:

  •   Imediata redução da tarifa para R$ 1,75 (Conforme posicionamento do
Ministério Público Estadual);
  •   Municipalização do Transporte Publico;
  •   Integração temporal ilimitada em 100% das linhas, já!;
  •   Passe livre para estudantes e desempregados;
  •   Anistia para os presos políticos com arquivamento de todos os processos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

          Na tarde da ultima segunda-feira, 16, manifestantes #contraoumentothe participaram do 11º dia de protestos. Apesar de ser um dia chuvoso, estudantes e trabalhadores voltaram a percorrer as ruas do centro de Teresina, para denunciar o valor abusivo da passagem, a falsa integração e a aliança entre o prefeito Elmano Ferrer(PTB), o governador Wilson Martins(PSB) e os empresários do SETUT. Em meio a palavras de ordem e batucadas, reivindicavam a  imediata revogação do aumento da passagem, uma integração que atenda as necessidades da população, passe livre para estudantes e desempregados e a municipalização do transporte coletivo, como um direito legítimo da sociedade.

          Após breve parada em frente ao Palácio de Karnak, a juventude e os trabalhadores engajados na luta por um transporte público de qualidade seguiram por aquela que outrora se chamou Avenida Frei  Serafim.  A principal via de tráfego da cidade de Teresina, palco da maioria dos protestos contra o aumento da passagem foi renomeada para Avenida dos Indignados, num processo de rebatismo simbólico também das ruas perpendiculares, que receberam o nome de lutadores e lutadoras que estão impedidos de participar das manifestações, após terem sido presos arbitrariamente na noite de terça feira(10).

          Após o rebatismo, o ato seguiu fechando os cruzamentos da Avenida dos Indignados, até a Av. Miguel Rosa, retornando no sentido  leste-centro. Já caia a noite quando, na praça da Liberdade, os manifestantes discutiam sobre como fazer para avançar a luta #contraumentothe.
De lá, em nome da unidade e do fortalecimento da luta, diversos setores do movimento se reuniram na sede do SINDSERM, fechando a programação para os próximos passos. Continuaremos mobilizados, e, agora com novas táticas.

  • NEGOCIAÇÃO REAL, JÁ!
  • ANISTIA DE TODOS OS PRESOS POLÍTICOS
            
        
             O POVO NA RUA, ELMANO A CULPA É SUA!!

Movimento DCE/UESPI Livre repudia atuação do DCE no #contraoaumentoTHE

O movimento estudantil da Universidade Estadual do Piauí, articula-se pela retomada do Diretório para a luta dos estudantes, e organiza um movimento intitulado DCE/UESPI-LIVRE. Em nota o movimento repudia a assinatura do Diretório no ofício enviado à prefeitura de Teresina, exigindo negociação em relação à luta contra o aumento, pois, o DCE jamais se fez presente na mesma, e já não representa politicamente os estudantes após assembléia realizada em 2009. Na nota o movimento também acrescenta o apoio ao Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, composto por entidades verdadeiramente combativas.

Veja a nota na íntegra:


          Nós, Movimento DCE/UESPI Livre, esclarecemos a toda sociedade que o DCE-UESPI não representa os estudantes desta instituição, pelo mesmo fato não tem legitimidade para falar em nosso nome. Assim, repudiamos o golpe orquestrado entre esta e outras entidades (UNE, UBES, UMES, LVJ, DCE-UFPI, DCE-CEUT, DCE-CET, CCEP, PT, PTdoB) ao solicitar audiência com o Prefeito Elmano Ferrer (PTB) para discutir sobre o aumento das passagens de ônibus de Teresina e o sistema de integração.
          Em nenhum momento esta entidade esteve presente nas lutas #contraoaumentoTHE, então porque o Prefeito diz que irá recebê-la para discutir? Curiosamente, o mesmo Prefeito não responde aos pedidos de audiência protocolados do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, este sim, um movimento legítimo que tem construído lutas em defesa do Transporte Público desde o ano passado (2011).

         Há 11 anos o DCE UESPI deixou de ser uma entidade que representa os interesses dos estudantes transformando-se numa empresa expedidora de carteiras. Ao longo dos anos valeu-se de práticas escusas para sua perpetuação como a realização de assembleias gerais fantasmas, eleições e congressos em cidades do interior do Piauí e em colégios de Teresina longínquos dos maiores campis da UESPI, durante o período de férias e sem divulgação dentro da Universidade.
          Em assembleia geral dos Estudantes, legítima, o conjunto dos estudantes deliberou, em 2009 que esta entidade não nos representa. É válido lembrar que historicamente os estudantes da UESPI se organizaram e se organizam contra esta máfia, sobretudo, para garantir que o movimento estudantil na UESPI esteja nas lutas.

          A máfia DCE/UESPI  atua da seguinte forma: Expedem carteiras estudantis a preços abusivos( R$ 20,00), não prestam contas aos associados, sendo que a sede, que funcionava fora da Universidade, aberta poucos dias por semana, em um turno somente, encontra-se atualmente em local desconhecido.
          Como uma entidade que não representa as lutas dos estudantes, poderá dialogar com o Prefeito, quanto ao sistema de transporte coletivo que afeta toda uma população?
Não participam de qualquer forma de luta pelos interesses dos estudantes, não apoiam qualquer iniciativa dos Centros Acadêmicos, quanto menos participaram ou participam da luta pela diminuição da passagem dos ônibus e por uma integração de verdade, logo, não têm respaldo para participar de qualquer reunião marcada pelo Prefeito de Teresina.
          Compreendemos que estas entidades atuam de forma oportunista e planejada, conjuntamente com o Prefeito Elmano Ferrer(PTB) e o Governador Wilson Martins(PSB) pois, trata-se de entidades dirigidas por organizações da base do governista. Desta forma, esta claro que só desejam se autopromover ao tempo em que, minam o movimento em trocas de favores e cargos políticos junto ao governo.

Acreditamos, que só através das lutas conseguiremos as transformações necessários e por fim a todo tipo de opressão desferidas pelos mais ricos, contra os mais pobres. Por isso, apoiamos e estamos nas ruas, contra o aumento abusivo das passagens de ônibus, que aumenta o custo de vida dos trabalhadores e trabalhadoras para garantir mais lucros aos empresários do SETUT (Sindicato dos Empresários de Transporte Urbano de Teresina), maiore financiadores das disputas eleitorais à Prefeitura.

LUTAMOS:

·         Contra o aumento abusivo das passagens de ônibus!

·         Por uma integração que supra as necessidades da população!

·         Pela tarifa única na integração!

·         Por abertura de diálogo entre poder público e quem realmente constrói a luta em defesa do Transporte Público!

Contra máfia DCE/UESPI!

                         MOVIMENTO DCE/UESPI - LIVRE

sábado, 14 de janeiro de 2012

Operação de guerra da PM contra intelectuais e estudantes

Operação de guerra da PM contra intelectuais e estudantes

Sem manifestantes para reprimir na Frei Serafim na noite de ontem (13), as policias civil e militar realizaram madrugada de hoje (14)uma  verdadeira operação de guerra, que mobilizou cerca de 10 viaturas e dezenas de homens com  armamentos pesados.

Quem presenciou a mobilização dos policiais chegou a imaginar que estavam à procura de uma quadrilha de bandidos perigosos, mas não era nada disso.

Fachada do bar Canteiro de Obras

Era apenas mais uma demonstração de arrogância, despreparo e violência contra cidadãos indefesos.

Mais ou menos uma hora da madrugada, policiais da Delegacia do Silêncio foram acionados, não se sabe por quem, para apreender o equipamento de som do bar Canteiro de Obras, localizado na confluência das ruas Elizeu Martins e Anísio de Abreu, nas proximidades da Praça do Fripisa. 

Parede branca onde ficava o telão

No estabelecimento, de propriedade de Aurimar Trindade, o Kilito, funcionário da Universidade Federal, funciona o projeto cultural Academia Onírica, que reúne intelectuais, professores, poetas, boêmios e estudantes em torno de lançamento de livros, revistas, recitais de poesia e outros eventos culturais.

Na madrugada de hoje, além dos freqüentadores habituais, estavam no local alguns dos manifestantes que foram presos na Casa de Custódia.

Era o dia do lançamento da revista AO Nº 2 (poesia tarja preta), um projeto cultural que atravessou as fronteiras do Brasil e já tem colaboradores em vários paises.

Em um telão fixado na parede do bar eram exibidas cenas da violência policial na Frei Serafim, enquanto os estudantes falavam aos presentes sobre a agressão sofrida.

Tudo ia tranqüilo até a chegada dos agentes da polícia civil em duas viaturas.
Eles entraram no estabelecimento e fecharam a porta por dentro e em seguida disseram ao do nobar que tinham ordem superior para apreender o seu equipamento de som.

Em vão, Kilito disse que poderia baixar o som ou até mesmo desligar, se estava perturbando, mas o agente foi irredutível e disse que a ordem era para levar.

Enquanto os dois discutiam, subitamente chegam ao local 7 viaturas da PM. O comandante da operação abre o portão na base do chute e já entra de arma em punho gritando que quem falasse alguma coisa seria preso.

O poeta William Melo Soares (foto), indignado com a violência do militar, protestou contra o que classificou de ditadura.

Foi o bastante para ser ameaçado de prisão, o que não aconteceu por intervenção de seus amigos que conseguiram retirá-lo do local.

O dono do bar também foi ameaçado de prisão, mas conseguiu deixar o local sem ser detido.

Mesmo após a retirada do equipamento de som, os PMs  permaneceram no local exibindo suas armas para intimidar os presentes, que não souberam identificar o comandante da desastrada operação.

Qual a necessidade de tamanha demonstração de força diante de pessoas pacatas e ordeiras que não constituíam qualquer ameaça?

Certamente o telão exibindo cenas da barbárie na Frei Serafim e o depoimento dos manifestantes presos foi o que motivou a operação de guerra montada pela PM.

Isso de fato só acontecia na Ditadura, como falou o poeta William Melo Soares, mas no Piauí há muitos saudosistas dos anos de chumbo.

Algum policial infiltrado entre os freqüentadores do estabelecimento, incomodado com o que viu, deve ter acionado seus colegas de farda para exercitar o que eles fazem com mais perfeição: agredir gente indefesa.   

Por José Olímpio
FONTE: http://portaldifusora.com/portal/coluna.php?id=20&id_p=1212

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Assessoria Jurídica do Forum fala sobre o arbitramento das fianças

Após a entrevista coletiva com os manifestantes liberados na tarde de ontem (11), em que os mesmos denunciavam os atos arbitrários da Polícia, a Secretaria de Justiça do Estado do Piauí soltou uma nota de esclarecimento em que afirmava serem inverídicas as declarações de maus tratos colocadas perante a imprensa. Da mesma forma, após veiculação da entrevista com a Assessoria Jurídica do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, em que se afirmava que o arbitramento da fiança havia sido uma decisão política do Delegado Geral James Guerra - com orientação do Governador Wilson Martins (PSB). O delegado se pronunciou, afirmando que o arbitramento de fiança por delegados da Polícia Civil é fato ordinário e não político.
Cabe esclarecer que a Assessoria Jurídica do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, quando faz esse tipo de declaração, o faz de forma responsável, firmada em bases concretas.
O Código de Processo Penal, em seu artigo 322, coloca que a fiança será arbitrada pela autoridade policial nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Cabe esclarecer que a autoridade policial, nesse caso, é o delegado de polícia de plantão a quem for apresentado o flagrante. A fiança pode ser dispensada ou reduzida em 2/3 (dois terços), de acordo com a situação econômica do preso.
Agora vamos para a concretude: A nomeação de Delegado Geral da Polícia Civil é uma indicação em cargo de confiança feita pelo Governador do Estado, portanto, um cargo político. Logo, é da natureza do cargo a subordinação ao Governador. O Despacho de Concessão de Fiança se baseia na premissa de que os/as manifestantes são vulneráveis economicamente e de seus bons antecedentes. Também diz, claramente, que o valor da fiança foi determinado pelo Sr Delegado Geral James Guerra. Ainda assim, as fianças foram arbitrariamente fixadas em R$6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), desconsiderando a condição financeira dos presos.
Dessa forma, fica evidente que se trata de uma retaliação POLÍTICA do Governo do Estado do Piauí – em aliança com a Prefeitura Municipal de Teresina – ao movimento #CONTRAOAUMENTOTHE, que vem denunciando cotidianamente o absurdo do aumento da passagem e a pseudo-integração do transporte de Teresina.



ANISTIA AOS PRESOS POLÍTICOS, JÁ!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DOS PROTESTOS!
Presos políticos do #contraoaumentoTHE falam de sua indignação
Presos políticos das manifestações contra o aumento da passagem em Teresina fizeram declarações em coletiva de imprensa. A entrevista foi realizada no auditório do Sindicato Trabalhadores dos Correios na manhã desta sexta-feira (13). Na ocasião, declararam cenas de tortura física e psicológica, mas, apesar disso, continuam a declarar apoio ao movimento. Francisco de Sá Batista, Alamo de Sousa Ricato, Antônio Wilson Pontes, Helena Beata Sá,   Maria do Socorro Santana de Sousa, deram declarações na coletiva.
“Não podemos mais ir às ruas manifestar, pois o alvará de soltura nos proibiu de participar de qualquer tipo de manifestação estudantil, no entanto, consideramos os atos legítimos e necessários”, diz o estudante de direito, Alamo de Sousa. O estudante relata ainda que foi violentado pela polícia e covardemente ameaçado no interior do presídio.

Antônio Wilson, estudante de Letras Inglês da Universidade Estadual do Piauí, declara que não estava participando das manifestações, na ocasião da prisão voltava da universidade e passava pela Av. Frei Serafim – pois precisava pegar o segundo ônibus para voltar para casa. “Percebi que vinha muita gente correndo na minha direção, quando avistei uma pessoa ferida corri para ajudar e resolvi filmar o que estava acontecendo, assim, o policial se aproximou de mim, tomou meu celular e me prendeu”, diz o estudante que, embora não tenha participado, considerar as manifestações justas e fundamentais.
Além da tortura, os presos políticos também falaram de sua indignação e responsabilizaram o governo Wilson Martins (PSB) e Elmano Ferrer (PTB) por terem mandado todas as tropas da cidade defender o patrimônio dos empresários do SETUT e torturar a população. “O importante aqui é saber quem são os culpados”, diz energicamente o Professor da Rede Pública de ensino, Francisco Sá Batista.
Para a estudante de direito  Helena Sá, o Ministério Público deveria cuidar das arbitrariedades cometidas pelo governo e não apoiar a ação truculenta da policia contra a população oprimida que é obrigada a gastar boa parte de seu salário para pagar tarifas abusivas de ônibus, assim, demonstrando repúdio ás declarações da Promotora Clotildes Carvalho.
Helena fala ainda de sua indignação por conta de entidades, a seu ver, oportunistas, que estão indo à televisão dar declaração nos meios de comunicação em nome do movimento, sendo que estas mesmas entidades, compõem a base de sustentação dos governos de Elmano Férrer(PTB) e Wilson Martins (PSB).
 “Quem nos representa mesmo, é a população que apoia o movimento. O Deolindo é assessor da Deputada Rejane Dias (PT). Também não creditamos nossa voz ao Cássio Borges (DCE\ UFPI), que nem aparece nas ruas e o DCE em nenhum momento nos apoiou. Eles querem passar a negociação pra o DCE da UESPI que é uma máfia, nem sequer é eleito pelos estudantes. São entidades governistas que querem o fim do movimento”, diz a estudante de direito acrescentando que, quem esteve o tempo todo acompanhando os presos políticos foi a comissão Jurídica do Fórum.
Continuaremos a campanha de arrecadação financeira para pagar a fiança dos presos políticos. Foram mais de 15 mil reais, para pagamento de fianças, desde que as prisões se iniciaram no dia cinco de janeiro. A verba utilizada para garantir a liberação dos presos políticos foi emprestada por movimentos sociais.

Teresina, 12 de Janeiro de 2012
Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Manifestações continuam em Teresina, movimento promove aula pública esta Sexta(13)


As atividades #contraoaumento continuam em Teresina. Nesta sexta-feira (13), haverá aula pública na Praça do Fripisa, às 9h. Com o objetivo de promover o debate qualificado quanto as reivindicações, o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público convida toda população de Teresina a fazer discussão sobre Transporte coletivo. Na ocasião, serão debatidas as pautas centrais do movimento, como Passe Livre e Municipalização do Sistema de Transporte Coletivo.
Após o debate, o movimento promete ocupar as ruas do centro da cidade e dar seguimento às manifestações. Ativistas prometem manter o fôlego e parar Teresina, na tentativa de conseguir abertura de diálogo com a Prefeitura, que até o presente momento, nega-se a dar resposta ao pedido de audiência protocolado no dia 09 de janeiro.
Além de reivindicações quanto a melhoria no Transporte Público, os indignados tem manifestado constantemente pela anistia dos 41 presos políticos dos atos #contraoaumentoTHE. As prisões arbitrárias, são uma prova clara de que o Governo Estadual e Municipal assumiram compromisso com os empresários, ao tempo em que nega-se a discutir com a população, oprime a mesma com seu aparato repressor. 


Após massacre do dia 10, movimento conquista a liberação dos presos políticos

As manifestações contra o aumento da passagem em Teresina chegam ao nono dia com uma conquista para movimento. Os manifestantes puderam comemorar a liberação dos dez presos políticos com direito a chuva, que lavou a alma, mas não as marcas no rosto dos resistentes. Cerca de 3 mil pessoas saíram em passeata nas principais vias da cidade, reverberando sua indignação contra o a criminalização dos movimentos sociais e dos protestos e pela anistia dos 41 presos políticos durante os atos.

O ato cultural usou de forma lúdica e artística para expressar a indignação. De forma irreverente, ativistas promoveram uma intervenção teatral, para demonstrar repúdio ao aparelho repressor do Estado, que acusou de formação de quadrilha os presos políticos. Satirizando este absurdo, os manifestantes formaram uma quadrilha junina, demonstrando solidariedade e assumindo coletivamente este crime.
Todos e todas, vestidos a caráter, pintura no rosto e muita criatividade, conseguiram enfeitar e colorir a Av. Frei Serafim, apesar de cercados pelo cinza das fardas da inescrupulosa Polícia Militar, que assistia atenta a tudo. No entanto, as manifestações ocorreram em paz e nada tirou o brilho da conquista. As atividades foram encerradas com música na Praça da Liberdade.
O fôlego durante todo ato parecia ser ainda o do dia 2 de janeiro, quando se iniciaram os protestos, demonstrando que o movimento permanece firme na luta contra o aumento da tarifa, por uma integração que supra as necessidades da população. Enquanto isso, o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público insiste no diálogo com a Prefeitura de Teresina sem receber retorno.
As atividades continuam, o Fórum convida toda população para aula Pública nesta sexta (13) às 9h na Praça do Fripisa. 

A luta #CONTRAOAUMENTOTHE no Youtube! Por Raph4el

ESCLARECIMENTO

 O Forum Estadual em Defesa do Transporte Público, composto por diversas entidades do movimento sindical, popular e estudantil de Teresina, do qual o SINDISERM faz parte pagou a fiança de todos os presos, através de emprestimo das entidades que compoem o Forum, inclusive do Igor Galvão (Selva). Os oficiais de justiça ja estão com mandados em mãos, se dirigindo a Casa de Custódia

Presos Políticos serão liberados esta tarde (12)

Após forte mobilização, os dez presos políticos da manifestação contra aumento em Teresina do dia 10 de janeiro serão liberados esta tarde. Quatro dos processos dos presos políticos foram distribuídos à  7° Vara Criminal na Comarca de Teresina e dois foram soltos sem pagamento de fiança, outros  oito serão liberados, mediante pagamento de 2.073 reais cada um, com três processos na 8ª e outros três na 9° Vara. O Massacre promovido pela Policia Militar na ultima terça, gerou 16 presos políticos. Oito desses presos eram assistidos pela Assessoria Jurídica do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público,.
 A Comissão  Jurídica que acompanha os processos desde o dia 10 de janeiro, informa que as duas pessoas que foram liberadas hoje, foi através de liberdade provisória sem fiança, de acordo dos dados do Sistema Themis do Tribunal de Justiça do Piauí. A fiança arbitrada foi financiada com empréstimo de entidades que compõem o Fórum.
A liberdade dos presos políticos foi pauta central nas manifestações de dia desta quarta (11). Os ativistas se colocavam contra a criminalização dos movimentos sociais e dos protestos contra.
Para o Fórum, é crucial que neste momento intensifique-se a campanha de arrecadação de verbas. Mais do que nunca o movimento conta com a solidariedade de todos. Durante os atos de hoje (12) haverá campanha de arrecadação de verbas nas ruas de Teresina. O pagamento se deu através de empréstimo de entidades dos movimentos sociais e precisamos ressarci-los.
A prisão de manifestantes iniciou-se nos atos do dia cinco de janeiro, chegando a um total de 41 presos políticos.
Breve passaremos informações sobre local e horário para entrevistas com os presos políticos assistidos pela Assessoria Jurídica do Forum.

Manifesto de artistas, poetas e intelectuais em apoio à luta contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina

Manifesto de artistas, poetas e intelectuais em apoio à luta
contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina

A liberdade de organização e manifestação é um direito democrático conquistado a duras penas pelo conjunto dos movimentos sociais no País, ao longo das últimas décadas. Neste momento, no entanto, é com total indignação e repúdio que acompanhamos imagens de repressão policial violenta e criminalização ao movimento dos que lutam contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina.
A luta contra o aumento da passagem é uma pauta justa e legítima dos estudantes e trabalhadores teresinenses, assim como a garantia de uma integração do sistema de transporte de qualidade, sem a cobrança de uma segunda tarifa. Desde o dia 2 de janeiro, foram diversos atos nas ruas de Teresina, para tentar sensibilizar a Prefeitura de Teresina pela abertura de um canal de diálogo em torno das reivindicações do movimento. Em grande parte dos protestos, a Polícia utilizou-se de injustificável violência e prisões arbitrárias para dispersar manifestantes e tentar desmobilizar a luta contra o aumento. A manifestação pacífica e ordeira, brutalmente reprimida no final da tarde do dia 10 de janeiro, por exemplo, resultou em 16 prisões e graves violações aos Direitos Humanos.
Nós, artistas, poetas, escritores, professores, intelectuais manifestamos nosso irrestrito apoio à luta contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina, e nos solidarizamos com aqueles que sofreram atos de violência e prisões. Exigimos a libertação imediata dos que foram presos e que nenhum processo seja movido contra eles. Exigimos que o Governo do Estado dê fim à repressão policial e puna, com o devido rigor, os comandantes e executores de atos de truculência policial que já ganham o mundo, através das mídias sociais. Exigimos ainda a abertura de diálogo por parte da Prefeitura Municipal de Teresina, para que as pautas dos movimentos sociais sejam debatidas com a devida sensibilidade e atenção.


Banda Cochá
Rômula Maia de Alencar - Jornalista e Blogueiro
Orlando Berti - Pesquisador e comunicólogo
Gomes Brasil - Músico 
Marcos Medeiros Foice - Músico


Assine você também:

Manifestantes utilizam arte para protestar #contraoaumento

Nesta quinta (12), às 17h, na Praça da Liberdade, o Forum Estadual em Defesa do Transporte Público promove ato cultural com o objetivo reforçar a luta contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina. Vários artistas confirmaram a participação voluntária no ato, como forma de apoio às mobilizações estudantis, populares e sindicais contra o aumento e contra a criminalização dos movimentos sociais. A manifestação cultural também exige a anistia de todos os presos políticos desde que se iniciaram as mobilizações.
Antes do ato cultural, haverá concentração de manifestantes na Praça do Fripisa e nova caminhada pelas ruas do centro de Teresina. A atividade cultural vai manifestar a rebeldia da campanha #contraoaumento através da arte. Durante a programação será realizada oficina de stencil, como forma de produzir materiais de agitação e propaganda dos atos, como cartazes, criação de artes para divulgação visual. A organização do ato convoca a todos para levar suas camisas para pintar com arte, suas ideias e criatividade para a Praça do Fripisa.
Depois da oficina, o ato segue para a Prefeitura e logo em seguida para o Palácio Karnak, onde será exigido destes poderes que acabem com atos de repressão e ditadura instaurada na Capital, ao tempo em que será exigida a anistia dos presos políticos.

Para lembrar e honrar os presos políticos que estão sendo acusados de "formação de quadrilha", os ativistas preparam uma grande formação de quadrilha na Av. Frei Serafim com direito a realização simbólica do casamento do Prefeito Elmano Ferrer com o Setut. Para tanto, pedimos que todos indignados tragam suas roupas de quadrilha e sua disposição.

Para finalizar, os manifestantes se concentrarão na Praça da Liberdade por volta das 17h, num Ato Cultural com a participação de artistas que querem declarar seu apoio à luta contra o aumento da passagem. Esta é uma forma que os artistas locais encontram de também contribuir e manifestar seu apoio às manifestações do #contraoaumento. Durante a Ditadura Militar, os artistas se utilizavam da música, da poesia e do teatro como a expressão de vozes silenciadas. Se o Estado recorre aos mesmos métodos de 40 anos atrás, a arte volta em forma de rebeldia.
Durante o ato haverá arrecadação de verbas para ajudar na manutenção da estrutura dos atos e pagar a fiança dos presos políticos.

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO

DITADURA !!!

GOVERNADOR WILSON MARTINS (PSB) E PREFEITO ELMANO FÉRRER (PTB) INSTALAM A DITADURA EM TERESINA!

O Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público denuncia a truculência promovida pela Polícia Militar a mando do Prefeito ElmanoFérrer (PTB) e do Governador Wilson Martins (PSB), contra estudantes e trabalhadores que se manifestavam DEMOCRATICAMENTE e PACIFICAMENTE na tarde do dia 10 de Janeiro.
Não podemos aceitar que os direitos sociais conquistados após um duro período de Ditadura militarsejam brutalmente desprezados, justamente por aqueles que deveriam resguardar nossos direitos. Brasileiros e brasileiras perderam suas vidas para garantir um estado minimamente democrático, e hoje, em Teresina, assistimos a uma verdadeira CHACINA SOCIALpromovida pela Polícia Militar.
A Prefeitura Municipal, ao contrário do que veicula em suas propagandas,nunca abriu canais de negociação com a sociedade, e ainda valeu-se, seguidas vezes, do aparatopolicial para barrar violentamente as tentativas de diálogo com os estudantes e trabalhadores que se manifestavam pacificamente nas ruas de Teresina. Detectamos, por diversas vezes, policiais infiltrados no movimento incitando a violência com o intuito de criminalizar o movimento. As prisões ocorridas durante as ações policiais são arbitrárias e de cunho político.
       A imprensa, por sua vez, tem hoje como principais patrocinadores a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, e por isso, mostra-se passiva aos descasos promovidos por estes poderes. Alguns veículos de comunicação, como o sistema Meio Norte, vão além e mobilizam toda sua equipe de jornalistas para criminalizar o movimento e jogar a sociedade contra os manifestantes.
          A história nos ensina que não existem vitórias sem lutas árduas, por isso, convocamos o conjunto dos movimentos estudantis, sindicais e populares e a sociedade em geral para juntos repudiarmos a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais em curso no estado do Piauí.
EXIGIMOS:
  •        A LIBERDADE IMEDIATA DE TODOS OS PRESOS POLÍTICOS, ANISTIA JÁ!
  •          A EXONERAÇÃO E PUNIÇÃODE TODOS OS COMANDANTES RESPONSÁVEIS PELO MASSACRE CONTRA OS QUE LUTAM PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO.
  •         A IMEDIATA DEMISSÃO DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PIAUÍ, RAIMUNDO LEITE.

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FÓRUM ESTADUAL EM DEFESA DO TRANSPORTE PÚBLICO

Apoio do Coletivo Barricadas Abrem Caminhos

“Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural NADA deve parecer IMPOSSIVEL DE MUDAR.”
 Bertold Brecht
A população teresinense vivencia nos últimos dias momentos históricos de luta d@s estudantes e trabalhadores em defesa de um transporte público de qualidade, que atenda a suas reais necessidades e assegure o seu constitucional direito de ir e vir. As manifestações se intensificaram após sofrerem mais um golpe do poder publico municipal, em conchavo com o empresariado dos transportes urbanos de Teresina, que aumentou o preço da tarifa de R$1,90 para R$2,10, falseado por um modelo de integração fajuto que de forma alguma contempla os interesses dos usuários.

Na tentativa de barrar as manifestações populares, o Prefeito Elmano Férrer (PTB), junto com o governador Wilson Martins (PSB), tem utilizado de todas as forças repressoras para agredir, prender, humilhar e criminalizar, acusando inclusive por atos não cometidos, estudantes e trabalhadores que ousam lutar contra a máfia que envolve hoje os transportes urbanos teresinenses. Estão sendo utilizadas todas as forças especiais das policias militar e civil em verdadeiras operações de guerra montadas pelo Estado, guerra contra o povo!
Grandes ataques aos direitos individuais e coletivos são vivenciados nas ruas de Teresina, através de cenas repugnantes promovidas por um verdadeiro fascismo de Estado.  “Agentes de segurança” armados com os mais diversos instrumentos são responsáveis pela repressão aos manifestantes. Para isso, balas são disparadas, bombas “de efeito moral” atiradas, gás lacrimogênio e granadas de fumaça, spray de pimenta, cassetetes e prisões deixam as marcas da democracia e da política de segurança pública aplicada.
E, a democracia propagada nos grandes meios de comunicação pelos agentes da lei se alastra, cidadãos são espancados a cada ação em defesa da “ordem pública”, com direito a mulheres arrastadas e menores apreendidos, em pleno a principal avenida da cidade, Frei Serafim. Com ameaças constantes, como a da promotora de justiça,Clotildes Carvalho, prometendo que com “RONE, PM, GATE, BOPE e Policia CIVIL, serão usados de todos os meios para coibir estas pessoas. Vou pedir prisão de todo mundo”. Mostrando que não são atitudes impensadas de alguns soldados, mas, sim, ações bem planejadas pelo poder publico.
Táticas marcantes da ditadura militar, a exemplo da marcação de indivíduos identificados como “líderes” do movimento, e a quebra de aparelhos dos manifestantes que gravam as atrocidades cometidas são utilizadas, para diminuir os registros das desumanas ações da polícia, alem do uso de perseguições aos poucos profissionais de imprensa independente que tentam se opor à selvageria oficial imposta pela “segurança pública”, e que vão inclusive de encontro à grande maioria dos profissionais de imprensa, que seguem a clara recomendação dos grandes meios de comunicação comprometidos com a máfia SETUT/Prefeitura.
Com seus atos e discursos legitimados pelas repugnantes coberturas “jornalísticas” dos grupos de comunicação do estado, como Meio Norte e Cidade Verde, que apenas propagam as idéias defendidas pelos empresários, e criminalizam os atos de protesto, tentando induzir a opinião publica a se estabelecer contra as manifestações, sob acusações de vandalismo e aparelhamento. É assim que os massacres são armados epromovidos pelas forças que dizem proteger a população. A mesma mídia que defende “surra” em manifestantes que impedem o direito de ir e vir, nada fala quando o sindicato das empresas de ônibus remove todos os veículos das ruas, retirando da população tal direito.
Mas, a postura opressora das forças estatais, em conjunto com a grande mídia, não irá nos calar! Enquanto a policia se arma para a guerra da repressão, nós, estudantes e trabalhadores, nos organizamos para a luta pelos nossos direitos, que são surrupiados por governos que privilegiam unicamente o empresariado, e deixam a população a mercê de migalhas. Porque mais doloroso e incomodo é a exploração e opressão diária a qual somos submetidos. ”Quando uma lei é injusta, o correto é desobedecer”, alertava Gandhi, e é isso que estamos, e continuaremos, fazendo, lutando contra a esmola oferecida ao povo para ficar quieto, enquanto exploram.
Necessitamos de uma verdadeira revolução nos transportes urbanos de Teresina, que hoje se encontram em péssimas condições estruturais e de serviços, com passagem cara, ônibus desconfortáveis, e lotados, paradas abandonadas, e horários que de forma alguma contemplam as necessidades da população. Por isso lutamos pela imediata redução da tarifa de R$ 2,10 para R$1,75, preço determinado pelo Ministério Público Estadual como justo pela atual condição dos transportes, por uma integração que contemple 100% das linhas de ônibus, com tarifa única, com as linhas operando não somente em horários comerciais, mas em noites e fins de semana, de forma a fornecer opções de mobilidade urbana também para o lazer, e pela municipalização dos Transportes Urbanos de Teresina.
Nos próximos dias teremos mais dias de luta, e a mentalidade brutal da policia não deve se alterar, mas o que deve crescer é a força da luta do povo que está acima destes “agentes”. Há pouco tempo, na semana dos indignados, em agosto/setembro de 2010, presenciamos em Teresina a massiva presença de mais de 20 mil pessoas nas ruas contra o aumento da tarifa, e os homens da “ordem publica” nada puderam fazer diante de tamanha coletividade. O resultado foi a vitória do povo, e a queda da tarifa.
Então, vamos nos organizar e ir às ruas lutar #contraoaumento e por um transporte publico de qualidade! Ato permanente a partir das 9h na praça do Fripisa.Lutando, o que parece devaneio pode, enfim, se tornar realidade!

Nota de apoio CSP-Conlutas

NOTA DO MOVIMENTO SINDICAL E POPULAR DO PIAUÍ CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS EM TERESINA E A REPRESSÃO ÀS MANIFESTAÇÕES POPULARES.



A população teresinense tomou as ruas da nossa capital no mês de setembro/2011 e promoveu a chamada “semana dos indignados”. Foram momentos em que estudantes, trabalhadores e a população em geral colocaram para as autoridades políticas e os empresários a sua indignação perante o sistema de transporte em nossa capital e, nas ruas, derrubaram o aumento que o prefeito Elmano (PTB) e o SETUT tentaram implementar nos preços das passagens dos ônibus coletivos.
Assim, com a força popular, o prefeito Elmano Ferrer e os empresários de transporte coletivo, que procuram somente lucrar com a concessão pública do transporte coletivo em Teresina, sem oferecer nenhuma comodidade ao usuário desse meio de transporte, foram obrigados a recuar em suas ânsias de enganar e lucrar com o aumento de R$ 2, 10 nas passagens, naquela época.
Para tentar enganar a população, no começo do ano de 2012, a prefeitura e os empresários dos transportes coletivos novamente vem tentando impor à população um aumento nas passagens e uma falsa integração das linhas de ônibus, onde há a cobrança de uma segunda passagem (metade do preço), sem atender todas as regiões da cidade.
Diante desse aumento absurdo na tarifa de ônibus em Teresina e dessa farsa da integração, o movimento estudantil, aliado ao movimento sindical, voltou às ruas e às principais avenidas da capital no sentido de mais uma vez derrubarem esse aumento absurdo e de denunciarem essa política de integração, que de integração não tem nada.
Agora, governos estadual e municipal, polícia militar e a imprensa, buscam criminalizar os justos e democráticos atos e manifestações dos estudantes, prendendo e reprimindo os manifestantes nas ruas de Teresina. As entidades sindicais e populares, abaixo-assinados, se solidarizam com os estudantes que foram agredidos pela Tropa de Choque da PM e por uma milícia contratada pelos empresários, ligada a empresa de segurança CET – SEG e repudia toda e qualquer forma de violência e repressão junto a esses estudantes e suas justas manifestações.
Não podemos aceitar essa enganação da prefeitura de Teresina, que se alia ao SETUT, no sentido de “maquiar” a proposta de integração para continuar com o mesmo sistema de transporte que vem oferecendo à população. E, nem tampouco, podemos concordar com a política dos governos e dos poderes constituídos do Estado em quererem criminalizar os movimentos sociais pelas suas justas reivindicações.
Dessa forma, chamamos todas as entidades organizadas da sociedade teresinense a junto conosco repudiarem essa política e, ao mesmo tempo, se solidarizarem com as reivindicações do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público e às manifestações dos estudantes em nossa capital.
Todo apoio à luta contra o aumento!
Integração de verdade de todas as linhas de ônibus: sem aumento e com apenas uma tarifa!
Contra a criminalização e as repressões aos movimentos sociais!
Revogação do aumento das passagens em Teresina e pelo Passe-Livre aos Estudantes!
CSP-Conlutas – ADCESP – SINDCEFET – SINPEPI – SINDSJUS-PI – SINDSERM-THE – SINTECT/PI – MNOB – OPOSIÇÃO EDUCAÇÃO COM LUTAS – SINDIFAZ- ANEL – Oposição Gráficos – Oposição Rodoviários/PI – Oposição SINTUFPI – Movimento Mulheres em Luta – SINSPEN (FLORIANO) – SINDSERM COCAL DE TELHA
DIA 12 DE JANEIRO/2012
ATO DOS INDIGNADOS
PRAÇA DO FRIPISA, CENTRO DE TERESINA, 11h